A indústria da construção registrou o fechamento de 89.673 empregos formais, em dezembro de 2024, uma retração de 3,04% em relação ao mês anterior. No entanto, no acumulado do ano, o setor ainda apresentou um saldo positivo, com a criação de 100.921 novos postos de trabalho, um crescimento de 4,04%.
Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, no último dia 30. No contexto geral da economia brasileira, todos os setores registraram demissões no último mês do ano, resultando na perda de 535.547 empregos. Entre os segmentos mais impactados, destacam-se serviços (-257.703), indústria (-116.422), agropecuária (-46.672) e comércio (-25.084).
Setor imobiliário e estoque de empregos
Dentro do setor de serviços, as atividades imobiliárias ligadas à incorporação de imóveis também sofreram impacto, com a perda de 609 empregos em dezembro (-0,30% em relação a novembro). Apesar disso, no balanço anual, o setor acumulou 6.390 novas vagas (+3,30%).
No encerramento de dezembro, o setor da construção civil contava com um total de 2.858.990 trabalhadores com carteira assinada em todo o país, segundo o Caged.
Estados com maior impacto
O Estado de São Paulo liderou a lista de demissões na construção civil, em dezembro, com um saldo negativo de 17.528 postos de trabalho. Outros estados também registraram perdas significativas no setor:
Minas Gerais: -12.523 empregos
Mato Grosso: -5.950 empregos
Paraná: -5.936 empregos
Bahia: -5.829 empregos
Santa Catarina: -5.772 empregos
Rio de Janeiro: -5.241 empregos
Pará: -5.003 empregos
Apesar da queda no último mês do ano, as perspectivas para 2025 indicam uma retomada gradual das contratações, impulsionadas pelo andamento de projetos e pelo reaquecimento do setor.
Fonte: Portal Construliga